Faltam 7 dias e 11 horas para sair de casa. Depois, aí, faltarão 21 horas para chegar. É estranha a sensação, uma espécie de montanha russa que começa muito antes de o carro arrancar ou o avião levantar voo. Tudo parece mover-se extremamente rápido mas ao ponto de alguém, os senhores que nunca vemos, que editam o filme no final, terem decidido que era melhor se fosse em slow motion. Então aqui estamos, numa confusão entre velocidade e quase inércia, entusiasmo e nervos. Como no dia 11 de Março, assim que soube a notícia de que ia, não tenho muitas palavras. 10 minutos depois de me ter dito, liguei de volta à minha mãe para perguntar “Então, mas… a sério?”. Cada vez menos essa pergunta se faz na minha cabeça, mas continua a haver um pedacinho de mim que se agita com ela, ainda incrédulo. Enquanto isso, o outro pedaço que progressivamente se tem apoderado do mais pequeno tem se vindo a despedir das pessoas que foram importantes até agora e começou ontem a por coisas de parte, para serem levadas comigo.
Entretanto, tenta-se contrariar a tendência de passar muito tempo em frente ao computador, principalmente estes últimos dias que vão ser bem aproveitados e provavelmente da próxima vez que escrever já estarei aqui:
"Mas tu enganaste-nos a todos! Aposto que não foi este o vídeo que mostraste ao teu pai para ele te deixar ir. Isto não é uma escola, é uma colónia de férias, Joana."
Joana, tu estás a conseguir, tu vais mentalizar-te a tempo e vais viver os dois anos mais imprevisiveis, extraordinários e inesquecíves de sempre!
ResponderEliminarAqui estarei a acompanhar-te :),
beijinho,
Inês C.H (U.Júnior)