Atenção, pessoa que está a ler isto poque este texto vai ser extremamente (in)útil!
Cada casa tem dois quartos em geral de quatro pessoas, assim, para além de roommates temos housemates que dão imenso jeito para coisas como "Emprestas-me a tua panela?" ou sessões de gastronomia internacional que envolvem uma coisa indiana estranha (espera, talvez isso seja porque todas as sessões de seja o que fora envolvem coisas indianas estranhas à mistura) e biscoitos japoneses. Entrando um pouco em detalhes, há a Tanvi, indiana, que é frequente ser vista a entrar em casa toda encharcada e com um sorriso gigante dizer qualquer coisa como "acabei de correr 10 km!". Também toca guitarra e com a sua inclinação para música menos recente grita "Ohhh, that is so epic!" quando se fala do rato Gerald ("he's getting rather old but he's a good mouse"). No entanto, o que é igualmente engraçado de presenciar é sempre que se chega a casa ou se passa por ela em horário pós-refeição ela está a digerir (ver imagem do link) porque "eu acho que da mesma forma que nós apreciamos comer podemos também apreciar digerir e assim nesta posição bloqueamos o sangue que vai para as pernas e pés e concentramo-nos na digestão em si."
Esta noite, na habitual sessão diária que pode ser à noite ou à tarde de "eish, estamos com fome, vamos juntarmo-nos algures sentadas no chão a comer o que alguém tiver para partilhar", eu não estava propriamente a comer com a Katharina e a Tanvi porque por vezes a comida indiana tem uma forma de deixar o estômago um bocadinho (só mesmo um bocadinho) às voltas de modo que a vontade não era muita. Sugestão da Tanvi: faz a digestão. Pronto, está bem. Sentadas, a comer coisas estranhas e a fazer a digestão a conversa parou noutra coisa: o indian nod. O indian nod é a forma como os indianos abanam todos a cabeça a falar (ver este vídeo, e sim, eles fazem isso, constantemente). Eles também não se apercebem disso até virem para aqui e constatarem que mais ninguém abana assim a cabeça. Toda a gente questiona: afinal, porque raio é que vocês fazem isso? A Katharina diz que parece significar o seguinte "Yeah...Sure...Whatever...Fuck you."
Isto provocou uma explosão de riso que terminou com lágrimas nos olhos e comigo deitada no chão, pelo que a Tanvi disse "Oh Joana! Agora o sangue voltou para os teus pés!"
(Depois disso, e de nos rirmos um bocado mais... bastante mais, e de falarmos sobre a comida que marca a antiga presença de Portugal na Índia: caril e chamuças - caril também se chama masala porque afinal tudo o que é uma mistura de especiarias é chamado de masala e as chamuças são mais comummente recheadas com batata apenas e chamadas de samosas - a Tanvi também partilhou a informação de que naquele bocado tinha dito mais vezes fuck do que na vida toda dela e "Cá para mim são más influências dos colonizadores" "É? Só por causa das más influências, fuck off.")
Acho que se não estivesse com tanto sono ainda me estava a rir.
Cada casa tem dois quartos em geral de quatro pessoas, assim, para além de roommates temos housemates que dão imenso jeito para coisas como "Emprestas-me a tua panela?" ou sessões de gastronomia internacional que envolvem uma coisa indiana estranha (espera, talvez isso seja porque todas as sessões de seja o que fora envolvem coisas indianas estranhas à mistura) e biscoitos japoneses. Entrando um pouco em detalhes, há a Tanvi, indiana, que é frequente ser vista a entrar em casa toda encharcada e com um sorriso gigante dizer qualquer coisa como "acabei de correr 10 km!". Também toca guitarra e com a sua inclinação para música menos recente grita "Ohhh, that is so epic!" quando se fala do rato Gerald ("he's getting rather old but he's a good mouse"). No entanto, o que é igualmente engraçado de presenciar é sempre que se chega a casa ou se passa por ela em horário pós-refeição ela está a digerir (ver imagem do link) porque "eu acho que da mesma forma que nós apreciamos comer podemos também apreciar digerir e assim nesta posição bloqueamos o sangue que vai para as pernas e pés e concentramo-nos na digestão em si."
Esta noite, na habitual sessão diária que pode ser à noite ou à tarde de "eish, estamos com fome, vamos juntarmo-nos algures sentadas no chão a comer o que alguém tiver para partilhar", eu não estava propriamente a comer com a Katharina e a Tanvi porque por vezes a comida indiana tem uma forma de deixar o estômago um bocadinho (só mesmo um bocadinho) às voltas de modo que a vontade não era muita. Sugestão da Tanvi: faz a digestão. Pronto, está bem. Sentadas, a comer coisas estranhas e a fazer a digestão a conversa parou noutra coisa: o indian nod. O indian nod é a forma como os indianos abanam todos a cabeça a falar (ver este vídeo, e sim, eles fazem isso, constantemente). Eles também não se apercebem disso até virem para aqui e constatarem que mais ninguém abana assim a cabeça. Toda a gente questiona: afinal, porque raio é que vocês fazem isso? A Katharina diz que parece significar o seguinte "Yeah...Sure...Whatever...Fuck you."
Isto provocou uma explosão de riso que terminou com lágrimas nos olhos e comigo deitada no chão, pelo que a Tanvi disse "Oh Joana! Agora o sangue voltou para os teus pés!"
(Depois disso, e de nos rirmos um bocado mais... bastante mais, e de falarmos sobre a comida que marca a antiga presença de Portugal na Índia: caril e chamuças - caril também se chama masala porque afinal tudo o que é uma mistura de especiarias é chamado de masala e as chamuças são mais comummente recheadas com batata apenas e chamadas de samosas - a Tanvi também partilhou a informação de que naquele bocado tinha dito mais vezes fuck do que na vida toda dela e "Cá para mim são más influências dos colonizadores" "É? Só por causa das más influências, fuck off.")
Acho que se não estivesse com tanto sono ainda me estava a rir.
mantenho a minha opinião, isso tem muita piada! :p
ResponderEliminarpisca*
omg, i like Tanvi already x)
ResponderEliminaradorei o significado do indian nod xD