2.10.11

Porque quem lê este blog pode pensar que aqui não se trabalha

Está errado, muito errado. As aulas são, na sua maioria, claro, não podiam ser todas, bastante interessantes pela forma como os assuntos são abordados e o trabalho já se nota, apesar dos segundos anos reclamarem sempre que nos queixamos porque "Eu odiava tanto quando me diziam isto mas estes primeiros anos não sabem mesmo ainda o que é a vida." Mas como deve ser calculável, mesmo existindo coisas muito marcáveis e distintas, dignas de serem mencionadas, isso não as torna um tema mais apelativo pondo as coisas em perspectiva, quer dizer, numa conversa qualquer, apetece mais falar da quantidade de exercícios que tenho para fazer para a próxima aula que é provavelmente no dia seguinte ou de outras coisas, que podem ser menos importantes a nível curricular mas que ajudam a descontrair?

"Não me apetece nada fazer isto. Tanvi, como minha companheira de casa, tens a missão de me dar um discurso de motivação."
"Hum..."
"Estou à espera..."
"Bem, se tu não fizeres os trabalhos de casa vais chumbar no IB e depois vais ter de voltar para Portugal e depois não vais ter uma educação e depois não vais ter um emprego e depois não vais ter dinheiro e depois não vais ter comida e depois morres."
"Ena, obrigada."
(se repararam nisso, foi interessante a ligação de voltar para Portugal, não ter educação e não ter emprego, não foi?) (Por falar em coisas de motivação, Cristina, tu não me deves um crepe? Está tudo arrumado!)

E depois, com estes incentivos, num sábado de manhã acorda-se mais cedo do que seria de esperar para ir para a casa-da-árvore por trás da wada 3 fazer trabalhos de casa de matemática e escrever ensaios filosóficos acompanhados de música e copos de café com mel e leite que foram raptados do pequeno-almoço (estas dicas italianas ajudam mesmo quando não se gosta de café mas se está prestes a adormecer e por isso tem mesmo de ser).


Porque de qualquer forma, o resto do fim-de-semana terá de ser passado com projectos de grupo que são interessantes mas trabalhosos para inglês e para teatro. Decidimos também, depois da aula de onde provém o pequenino excerto no vídeo abaixo que vamos começar a filmar tudo o que apresentamos nessas fantásticas aulas pelos peculiares resultados que são criados. Até agora, não contando as muitas pequenas e ao mesmo tempo grandes experiências que fizemos para a disciplina, fizemos os prólogos a dois espetáculos de artistas convidados com quem tivemos workshops, de destacar o de Kathak, dança tradicional indiana particularmente do estado Maharastra onde estamos situados. Neste Domingo começaram os preparativos daquela que é preparada por todos mas em especial por quem tem a disciplina, a nossa theatre season, ciclo de produções inteiramente de alunos, com textos que podem ser de origem ou adaptados, e com uma equipa inteiramente pertencente à nossa comunidade. Depois da recolha de guiões para selecção foi o segundo passo, as entrevistas para selecionar directores e peças a apresentar nessa época, durante todo quase todo o dia hoje. 



(sim, isto não está aqui completo, mas se estivesse, por um lado, ia demorar séculos a carregar com esta internet, por outro, não é assim tão gira a parte em que falha a luz, coisa que aqui acontece diversas vezes ao dia e que pode ser bom à noite, para ver as estrelas, mas é extremamente inconveniente para este tipo de actuação, sendo que tudo se torna um pouco mais estranho e pelo meio se ouve "What the fuck?!")

Já agora, para quem é curioso e gosta de saber ou para alguém que possa vir a assistir a algum espetáculo por estes lados do globo, não devem ter os pés direcionados aos artistas pois é considerado desrespeitoso.


Este post também é para agradecer ao Edgar e à Iolanda, pela forma como, numa tarde que foi passada a cozinhar, olharam para mim quando eu disse que ainda estava indecisa em relação à escolha de algumas disciplinas, porque, "Joana, és parva? tu tens que escolher teatro." Foi uma bom conselho, definitivamente.

2 comentários:

  1. uau, joana, nesse video até parece que estás maior :o (i love yoooou :b)
    awwwww, sim, eu sei, eu e o Edgar temos sempre razão u.u vais-me agradecer quando voltares e tu sabes como (a)

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  2. aqui o papá e a mamã têm sempre razão e nao há maneira de dizer que não!

    Eu e a Iolanda queremos uma outra sessão de culinária como compensação


    beijinhos

    Edgar

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