16.10.11

É proibido ter animais de estimação


E se não forem de estimação? Oh, também, pobrezitos, eles andam sempre por aqui, se nós não os começarmos a estimar podemos acabar rabugentos com as suas presenças na altura de tomar banho. Os caranguejos andam por ai pela montanha, não sei como é que os há aqui, mas pronto. Havia um que insistia em voltar aqui para o quarto do lado, a Tanvi chamou-lhe Eric, era engraçado, o sujeito, andava sempre a fazer sapateado por baixo das camas. Quando as chuvas pararem (isto é, quando pararem mesmo visto que continuam, não oficialmente mas pronto), os sapos que adoram a nossa piscina e os outros sítios todos também vão progressivamente sendo substituidos por cobras, segundo dizem. Avistei a primeira no outro dia, perto da caf., talvez procurasse comida. Temos mosquitos com capacidades especiais, ninjas que são, tem o dobro do tamanho dos de Deli, pelas afirmações dos nativos da cidade. Sabem a forma como os mosquitos costumam ser um ponto preto com asas? Aqui não, aqui dá para lhe estudarmos a anatomia completa a olho nu. Cães, também há. Há a Tikka, do Parog (lembram-se do Hagrid em casa do qual foi cozinhado um pastel de nata épico?, é esse). A Tikka está sempre em todo lado e toda a gente gosta da Tikka. Depois, há os vagabundos que gostam de vasculhar os nossos caixotes do lixo pela noite e que cheiram um bocado mal o que não torna nada interessante a experiência deles virem ter connosco quando estamos a ter aulas de filosofia ao ar livre para aproveitar o sol. Mas não são os cães que nos guardam as portas, não. Temos no pátio uma ratazana que é quase do tamanho de... Bem, é mesmo muito grande, se não fosse tão nojenta seria confundida com um gato gordo. Vão entrando sapos pequenitos aqui e ali, nas casas de banho onde formam comunidade com lagartas, no quarto onde fazem inveja a coisas voadoras como libelinhas do tamanho da minha mão que se tem de contentar com salas de aula apenas. O senhor da fotografia a cima é que esta noite guardava a entrada de casa. Perigo, é venenoso. Cuidado com o sapo. Vamos arranjar uma placa e colocar aqui algures.
Podemos chamar-lhe Kermit, Tanvi? (A Tanvi é a consultora dos nomes de animais, mas depois acha que Eric é um nome que fica bem a tudo, ou então Erica, também dá, esse).
Hum...Não, devia ser Orange Kermit. Because it's orange, you see.
Tudo bem.
O Kermit original é mais giro que essa coisa, dizem as opiniões de menos de metro e meio da Ting da china (que se lê ing ou coisa assim, agora não faz diferença que ela desistiu de ensinar a quem quer que fosse que ninguém consegue de qualquer modo)
O Parikshit (sim, há pessoas com nomes estranhos, de facto) passa por aqui a caminho da sua casa e vem observar a criatura.
Chama-se Orange Kermit!
Uau, a sério? Como é que sabem?
... Não é um nome cientifico, lamento. (mas olhem que era giro que fosse, sabia os nomes científicos das criaturas todas se fossem assim!)
Não digam que não é lindo, o nosso porteiro. (Mas não lhe toquem que pode correr mal.)

2 comentários:

  1. Tanto animal que para aí vai... e elefantes?, nada? :P

    Espero que te vás divertindo por aí... :) Cassiana.

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